quinta-feira, 25 de março de 2010

::: Ritos de Angola :::: Divindades: Lemba 2

::: Ritos de Angola :::: Divindades: Lemba 2



KITEMBO

Tempo ou kitembo é um Nkisi da nação de Angola, é o dono da bandeira de Angola, que podemos ver em qualquer casa de Candomblé, perto do assentamento de Kitembo, uma grande vara com uma bandeira branca no topo.

Kitembo é o Nkisi senhor das estações do ano, regente das mutações climáticas. Ainda, é considerado o Pai da Maianga, que é o banho usado pelos seguidores e iniciados da Nação de Angola, tendo sua maior vibração justamente ao ar livre, ou seja, no tempo. É exatamente ali, no tempo, que este banho feito de ervas e outros elementares vai consagrar através de tempo este iniciado.

Tempo está associado à escala do crescimento, por isso sua ferramenta é uma escada com uma lança voltada para cima, em referência ao próprio tempo.

Como expliquei, este Nkisi rege as estações do ano e está ligado ao frio, ao calor, a seca, as tempestades, ao ambiente pesado e ao ambiente agradável.

Conta uma lenda da Nação de Angola, que Tempo era um homem muito agitado que fazia e resolvia muitas coisas ao mesmo tempo. Entretanto, este homem vivia reclamando e cobrando de Nzambi que o dia era muito pequeno para fazer e resolver tudo que quisesse. Um dia, Nzambi lhe disse: “Eu errei em sua criação, pois você é muito apressado.” Ele então respondeu a Nzambi: “Não tenho culpa se o dia é pequeno e as horas miúdas, não dando tempo para realizar tudo que planejo”. A partir desse momento, Nzambi então determinou que esse homem passa-se a controlar o tempo. Tendo domínio sobre os elementares e movimentos da natureza. Assim nasceu o Nkisi Kitembo.



Aluvaiá, Bombojira, Vangira (feminino), Pambu Njila.

É o Nkisi responsável pela comunicação entre as divindades e os homens. Está nas ruas, é a este Nkisi que pertencem as "bu dibidika jinjila" (encruzilhadas). Suas cores são preto, vermelho, sua saudação: Kiuá Luvaiá Ngananzila Kiuá (Viva Aluvaiá, Senhor dos Caminhos)



Nkosi Mukumbe

É o Nkisi da guerra, das estradas. É a ele que se fazem oferendas com o fim de obter abertura de caminhos. Sua cor é o azul escuro, sua saudação: Luna Kubanga Mueto - Nkosi ê (Aquele que briga por nós - Nkosi ê)



Mutalambô, Burungunzo.

Nkisi caçador, habita as florestas ou montanhas. É o responsável pela fartura, pela abundância de alimentos. Suas cores: verde para Mutalambô e Burungunzo, e verde, azul e amarelo para Gongobira, sua saudação: Kabila Duilu - Kabila (Caçador dos Céus - Kabila)



Gongobira.

É um jovem caçador que obtém, seu sustento ora através da caça, ora através da pesca. Suas características são as mesmas das dos caçadores ( Kabila, Mutambô, Lambaranguange) unidas as características dos Minkisi da água doce ( Kisimbe, Ndanda Lunda ). Suas cores: verde cristal, azul cristal e amarelo ouro, sua saudação: Mutoni Kamona Gongobira - Muanza ê (Pescador Menino Gongobira - Rio ê)



Katendê.

Nkisi dono dos segredos das " kisabas" ( folhas, ervas ). Sua cor é o verde ou verde e branco, sua saudação: Kisaba kiasambuká - Katendê (Folha Sagrada - Katendê)



Nzaze, Luango.

Nkisi responsável pela distribuição da Justiça entre os homens. Suas cores são: vermelho e branco ou marrom e branco sua saudação: A Ku Menekene Usoba Nzaji - Nzaze (Salve o Rei dos Raios - Grande Raio)



Kaviungo ou Kavungo, Kafungê e Kingongo.

É o Nkisi responsável pela saúde, estando intimamente ligado a morte. Usa preto, vermelho, branco e marrom, sua saudação: Tateto Mateba Sakula Oiza - Dixibe (O Pai da Ráfia Está Chegando - Silêncio)



Hongolo e Angoroméa.

Assim como Aluvaiá, auxiliam na comunicação entre as divindades e os homens. São representados por uma cobra, sendo o primeiro ( Angorô ) masculino e o segundo ( Angoroméa ) feminino, sua saudação: Nganá Kalabasa - Angorô Le (Senhor do Arco Íris - Angorô Hoje



Kitembo ou Tempo.

É o responsável pelo tempo de forma geral, e especificamente, pelas mudanças climáticas (como chuva, sol, vento etc), portanto, atribuído a ele, o domínio sobre as estações do ano. É representado, nas casas Angola e Congo, por um mastro com uma bandeira branca. Suas cores: branco, rajado de verde e vermelho, sua saudação: Nzara Kitembo - Kitembo Io (Gloria Kitembo - Kitembo do Tempo)



Matamba, Bamburucema, Gurucemavula.

Trata-se de um Nkisi feminino, é guerreira e está intimamente ligada a morte, por conseguir dominar os mortos ( "Nvumbe" ). Suas cores são o vermelho e o marrom avermelhado, sua saudação: Nenguá Mavanju - Kiuá Matamba (Senhora dos Ventos - Viva Matamba)



Kisimbi, Ndanda Lunda.

Nkisi feminino, representa a fertilidade, é a grande mãe. Seu domínio é sobre as águas doces. Sua cor é o amarelo ouro, sua saudação: Mametu Maza Mazenza - Kisimbi ê (Oh, Mãe da Água Doce - Kisimbi ê)



Kaitumbá, Mikaiá, Kokueto.

Também um Nkisi feminino, tem domínio sobre as águas salgadas ( " Kalunga Grande" , o mar ). Sua cor: branco cristal, sua saudação: Kiuá Kokueto - Mametu Ria Amaze Kiuá (Viva Kokueto, Mãe das águas -Viva)



Zumbarandá.

É um Nkisi feminino, representa o início, vez que, é a mais velha das mães. Também tem relação estrita com a morte. Sua cor: azul e branco, sua saudação: Mametu Ixi Onoká - Zumbarandá (Mãe da Terra Molhada - Zumbarandá)



Wunje.

É o mais novo dos Minkisi. Representa a mocidade, a alegria da juventude. Durante o toque para este Nkisi, a dança se transforma numa grande brincadeira, sua saudação: Wunje Pafundi - Wunje ê (Wunje Feliz - Bem Vindo)



Lembá Dilê, Lembarenganga, Jakatamba, Nkassuté Lembá, Gangaiobanda.

Nkisi da criação, ora apresenta-se como jovem guerreiro, ora como velho curvado. Está ligado a criação do mundo. Quando jovem tem como cores o branco e prata, quando de idade avançada, apenas o branco, sua saudação: Kalaepi Sakula Lemba Dilê - Pembele (Quietos, Ai Vem o Senhor da Paz - Eu te Saudo)

quarta-feira, 24 de março de 2010













CANDOMBLE


Apresentação
A palavra candomblé é sinônimo de religião africana. Sempre foi e é usada ainda neste sentido. Isto explica muitas coisas. Vejamos. O negro foi arrancado de sua terra e vendido como uma mercadoria, escravizado. Aqui ele chegou escravo, objeto; de sua terra ele partiu livre, homem. Na viagem, no tráfico, ele perdeu personalidade, representatividade, mas sua cultura, sua história, suas paisagens, suas vivências vieram com ele. Estas sementes, estes conhecimentos encontraram um solo, uma terra parecida com a África, embora estranhamente povoada. O medo se impunha, mas a fé, a crença - o que se sabia - exigia ser expresso. Surgiram os cultos (onilé – confundidos mais tarde com o culto do Caboclo, uma das primeiras versões do sincretismo), surgiu a raiva e a necessidade de ser livre. Apareceram os feitiços (ebós), os quilombos.

Os trezentos anos da história da escravidão do negro no Brasil, atestam acima de tudo, a resistência, a organização dos negros. A cultura africana sobreviveu para o negro através de sua crença, de sua religião. O que se acredita, se deseja, é mais forte do que o que se vive, sempre que há uma situação limite. A religião, sua organização em terreiros (roças), foi como muito já se escreveu, a resistência negra. Resistiu-se por haver organização. A organização consigo mesmo. Cada negro tinha, ou sabia que seu avô teve, um farol, um guia, um orixá protetor.

No meio dos objetos traficados (os escravos) haviam jóias raras: Babalorixás e Iyalorixás. Estes sacerdotes, inteiros nas suas crenças, criaram a África no Brasil. Esta mágica, esta organização reestruturante só é possível de ser entendida se pensarmos no que é a iniciação , todo processo que implica e estabelece. A cana de açúcar do Senhor de Engenho era plantada por Iaôs recém saídos das camarinhas, dos roncós.

A força se espalhou, o axé cresceu e apareceu na sociedade sob a forma dos terreiros de candomblé (religião de negros yorubá como é definido no Dicionário de Aurélio Buarque). Era coisa de negros, portanto escusa, ignorante, desprezível e rapidamente traduzida como coisa ruim, coisa do diabo, bem e mal, certo e errado, branco e preto.

Antagonismos opressores, sem possibilidades alternativas. O negro resolveu tentar agir como se fora branco, para ser aceito. Ele dizia: - meu Senhor, a gente tá tocando para Senhor do Bomfim, seu Santo, nhô! Não é para Oxalá, quer dizer, Oxalá é o Pai Nosso, é o mesmo que Senhor do Bomfim. Sincretismo. Forma de resistência que criou grande onus, severas cicatrizes desfiguradoras. O processo social, a dinâmica é implacável. A imobilidade não se mantém. O filho do africano já dizia que não confiava em negro brasileiro (o sìgìdì, por exemplo, um encantamento de invisibilidade e criação de elemental, não foi ensinado). Muito se perdeu, a terra africana reduziu-se a pequenos torrões, o candomblé era eficaz; o Senhor procurava a negra velha para fazer um feitiço, para que lhe desse um banho de folha, lhe desse um patuá. Proliferação de terreiros. Massificação, turismo, folclore
Mas os grandes iniciados, iguais àqueles criadores da terra africana no Brasil, ainda existem. Odé Kayode – Mãe Stella de Oxossi , em 1983, dizia: "Iansã não é Santa Bárbara", e explicava. Mostrou que candomblé não era uma seita, era uma religião independente do catolicismo. A terra tremeu; algumas pessoas falavam: "- sempre fomos à missa, sempre a última benção, depois da iniciação, era na Igreja, fazemos missa de corpo presente quando alguém morre, não pode mudar isso". Era a tradição alienada versus a revolução coerente, era a quebra do último grilhão.

A represa foi quebrada e as águas fertilizaram os campos quase estéreis da sobrevivência. O negro é livre. Veio da África, tem uma história, tem uma religião igual à qualquer outra e ainda, não é politeista, é monoteista: acima de todos os Orixás está Olorum. Nina Rodrigues conta que uma vez perguntou a um Babalorixá porque ele não recebia Olorum, já que este existia. Ouvindo a seguinte resposta: "- Meu Doutor, se eu recebesse, eu explodia".

Agora um novo limite, uma nova configuração se instala. Neste fim de século com a corrosão das instituições religiosas tradicionais, com o surgimento de novas religiões, com as doutrinas esotéricas alternativas, o candomblé, agora considerado religião, é visto também como uma agência eficiente: resolve problemas, cura doenças, acalma as cabeças. Os brancos querem ser negros, já não se ouve "o negro de alma branca", agora o privilégio é ser um branco de alma negra, ter ancestralidade, "ter enredo, história com o Santo". Mais do que nunca as Iyalorixás e Babalorixás se questionam. As armadilhas, os "caça-fugitivos" estão instalados. Tudo isto é transformado, por nós, em pinças para separar o joio do trigo, por isso estamos aqui. Dizendo o que somos, damos condição para que se perceba o que está posto e se entenda o suposto, o oposto e o aposto. Diferenciação é conhecimento, candomblé é religião, não é seita.

As Iyalorixás organizam as cabeças. O processo de organização do ori é awo (segredo). O candomblé é uma religião que trabalha com o segredo, o lado mudo do ser, o que a Olorum pertence. O candomblé organiza o fragmentado, abrindo canais de expressão para o ser humano.

Ou seja, Candomblé é uma palavra africana que significa "dança". O Candomblé propriamente dito, é uma dança religiosa, de origem africana, na qual os iniciados reverenciam ou rezam para seus Orixás. A dança é, portanto, uma invocação. É praticada principalmente por pessoas do sexo feminino, chamadas sambas. Homens também podem participar da dança, mas o bailado das sambas tem maior efeito invocador. A palavra Candomblé passou a designar o Culto dos Orixás.

Orixá, termo de origem africana designativo das forças cósmicas e vivas da natureza, divinizadas pelos homens primitivos, que as invocavam. Exemplo: os mares, as matas, os rios, o amor, os ventos etc. Orixá, portanto, é uma força de criação divina e uma manifestação de Olorum. A natureza é a manifestação material dos Orixás. Olorum, o Criador, é tudo: não tem representação nem fetiches. É infinito. É o Pai da criação universal. Corresponde, pois, à idéia de Deus.

Histórico

Os primeiros negros que foram trazidos da África para o Brasil, como escravos, provinham de Angola e do Congo. Pertenciam à família banto, ou bantu, da raça negra. Estes já tinham praticamente perdido seus costumes, língua e cultos religiosos, quando se iniciou, no século XVIII, com a descoberta do ouro nas Minas Gerais, e para ajudar na lavra do metal, o chamado resgate de prisioneiros de guerra, da Costa da Mina de São Jorge, no litoral norte do Golfo de Guiné, na região onde se encontram a Costa do Ouro, a Costa do Marfim, a Costa dos Escravos, e onde se criaram os modernos estados da Nigéria, do Daomé, de Togo, da Costa do Marfim e da Gana.

Estes "negros da Costa", que eram desembarcados na cidade do Salvador, então capital do Brasil, e próxima à Costa da Mina, pertenciam a muitas tribos ou "nações" importantes, algumas de adiantado grau de cultura, como os minas, jejês, axantis, fulas, mandingosmandingos, lauças (quer eram maometanos), e os iorubás, também chamados nagôs. E foi principalmente dos cultos iorubás que surgiu no Brasil o Candomblé, ou Culto dos Orixás.

Havia, de parte dos senhores, das autoridades e da Igreja, um zelo natural pela conversão dos africanos ao catolicismo, sendo considerado um dever cristão receberem os mesmos a doutrina, serem batizados e levados à prática da religião católica.

Com o objetivo de evitar choques com as autoridades, sem deixar de preservar na prática do seu culto, os africanos dissimulavam seus otás colocando sempre à frente deles a imagem de um santo católico que mais se aproximasse - segundo interpretações individuais - das características do Orixá cultuado. Nasceu, com isto, um grande sincretismo dos Orixás com os santos da Igreja. A falta de sistematização com que se realizou esse ajustamento muito concorreu para que surgissem as discrepâncias hoje constatáveis. Assim é que diferentes santos da Igreja são sincretizados num mesmo Orixá.

Não admira, pois, que tenha o culto, evoluindo por sobre tantos obstáculos, se vestido das variações que hoje apresenta. Consideramos mesmo um milagre, maravilhoso milagre, não haja registrado o desdobrar dos tempos o mais leve desgaste na permanência do Culto dos Orixás.

Hoje, porém, graças aos esforços dos fiéis e ao desenvolvimento dos meios de comunicação, que vem possibilitando um intercâmbio amplo entre os praticantes das diversas "nações", as práticas se vão apurando constantemente. Isso devolverá, sem dúvida, ao Candomblé a pureza e o vigor de suas origens e contribuirá para integrar numa só trilha ritualística todos os irmãos de santo.
É bom lembrar sempre que o iorubá é a língua dos Orixás, originário da Nigéria, África Ocidental. A palavra Orixá significa Ministro de Olorum.

O idioma iorubá enquadra, entre outros, os povos Ijexá, Ketu e etc. Dos iorubás pertencem os Orixás Exu, Xangô, Oxum, Iansã, Obaluauê e outros.

Sua importância é muito significativa, pois saberemos compreender cada cântico do Candomblé. Para maior compreensão do idioma iorubá, deve-se conhecer os pronomes, os verbos e etc.

Os orixás

Todos os seres humanos nascem da natureza, num determinado lugar, dia e hora, sob o comando de um Orixá. Assim, claro está que receberam a influência desse Orixá e, portanto, cada um terá em toda a sua vida as vibrações e proteção do Pai Orixá a que está vinculado, de origem natural, o qual rege seu destino.

Os Orixás incorporam nos médius (iaôs) sob a condição vibratória. Chama-se esse transe virar para o santo. A primeira vez que ocorre com uma pessoa, denomina-se bolar para o santo.

A incorporação do Orixá, sendo vibratória, não transmite mensagens orais, como sucede com a incorporação de espíritos desencarnados (chamados, no Candomblé, de eguns) e com os encantados.

O culto, no Candomblé, é feito exclusivamente aos Orixás. É grande o número de Orixás. Conhecem-se os mais cultuados, mas outros surgem, revelando-se aos poucos. Apresentamos a seguir alguns orixás, não por ordem de importância, pois tal ordem é desconhecida; existem, naturalmente, predileções pessoais, mas entre os Orixás não há hierarquia.

Eis os mais generalizadamente cultuados:

Masculinos Femininos
Exú Iansã
Ogun Oxum
Oxóssi Yemanjá ...
























SIGNIFICADO DE BABALORIXA E DE UMA YALORIXA

O QUE SIGNIFICA A PESSOA SER UM PAI OU MÃE DE SANTO

Se você é um Babalorixá “Pai de Santo” ou a Yalorixá “Mãe de Santo” se torna necessário seguir certas regras básicas para tal.

Um mestre religioso deve ser,primeiramente, humilde. Independente de ser este mestre uma pessoa com grandes conhecimentos religiosos de sua nação de Orixás,ou ainda das diversas nações de Orixás; como sábio, saberá o momento exato de demonstrar o seu saber religioso ,sem a necessidade de humilhar ou maltratar – com palavras e atos – o seu interlocutor ou as pessoas que o cercam. Da mesma forma , se este mestre for uma pessoa abastada e afortunada em sua vida material, desnecessário se fará demonstrar suas riquezas e sua felicidade. As pessoas, por si só, já enxergam. A humildade da não demonstração das suas materialidades, visíveis a olho nu, fazem do mestre religioso um modelo a ser seguido por seus adeptos.

Um mestre religioso deve ter acima de tudo um grande conhecimento dos fundamentos da sua Nação de Orixás, e a vontade de querer repassá-los aos seus seguidores,sem o trauma destes – futuramente – obterem mais conhecimentos que seu próprio mestre. Deve ter igualmente, este mestre, a consciência de que não esta enganando a si próprio com o fato de não ter todos complementos necessários e exigidos para se poder; efetivamente, ter a condição de Babalorixá “Pai de Santo” ou a Yalorixá “Mãe de Santo” com a finalidade de ministrar os conhecimentos adquiridos. Se você,que é mestre,não tem todas as obrigações exigidas para tal, como poderá transmitir os verdadeiros fundamentos, se para si próprio não observou?....
















O QUE É OFERENDA?


Chamamos oferendas aos rituais compostos de frutas, alimentos, carnes, bebidas, flores, louças e adereços que servem para oferecer aos Orixás, como uma súplica para se alcançar uma graça, bem como para homenagear e cultuar um Orixá, de forma a fortalecer o nosso vínculo com o mesmo.

Cada Orixá tem os seus respectivos alimentos, as suas flores, as suas cores, as suas bebidas e a sua forma particular de culto, orações e invocações.

quinta-feira, 18 de março de 2010
















JOGO DE BÚZIO

é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas.

Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.


quarta-feira, 17 de março de 2010



















NUMEROLOGIA

é uma das mais antigas ciências esotéricas e estuda a influências dos números. Segundo a numerologia, cada número ou valor numérico é dotado de certas características ou qualidades próprias e indicaria tendências de acontecimentos ou de personalidade. O filósofo grego Pítagoras é considerado por alguns o pai da numerologia . Na verdade a numerologia é uma derivação da Gematria(Gematria é o cálculo do “peso numérico” ou equivalência numérica das letras, palavras, ou frases, e, nesta base, obter conhecimento na inter-relação de diferentes conceitos e explorar este inter-relacionamento entre palavras e idéias. O conceito fundamental da gematria é que palavras pertencentes à mesma "classe espiritual" e com “peso numérico” equivalente têm o mesmo sentido metafísico, e essa equivalência numérica não é coincidência.)












ORIGEM CARTA CIGANAA origem das cartas do Baralho Cigano permanece na obscuridade e se perde nos tempos.Muito se tem dito sobre como surgiu o primeiro Baralho Cigano, de vários pesquisadores afirmam que as cartas ciganas surgiram nas mãos de Madame Lenormand , senhora da corte européia no século Vlll, nascida em Alençon na França no ano de 1772. Madame Lennormand foi muito conhecida pelas suas predições aos homens da corte, entre eles Napoleão Bonnapart, ao qual ela previu sua ascensão e queda. Tinha contato constante com ciganos europeus, aprendendo com eles a arte de ler as Cartas Ciganas. Posteriormente, fez uma adaptação do "exótico" baralho usado por ciganos para a realidade não cigana, representada por figuras do nosso cotidiano e introduzindo nestas cartas as figuras do baralho de naipes.Ao Povo Cigano devemos o ensinamento nos deixado, e a abertura das portas do "conhecimento" de seu povo e de sua "magia", permitindo-nos fazer uso deste magnífico oráculo que são as Cartas Ciganas.